quinta-feira, 24 de março de 2011

Homenagem a Vovó Lua e a Grande Mãe Terra

É muito gratificante saber que as nossas energias estão em sintonia com a roda e quando isso nos é mostrado no dia a dia e conseguimos entender essas mensagens, é mais ainda. Logo pela manha, no dia em que nos reuniríamos para celebrar a grande roda, um irmão de roda falou comigo, pois naquela noite, a lua estaria plena, maior e mais perto de nós, e ele sugeriu que fizéssemos uma roda especial por este grande presente da lua. Eu mesmo já havia recebido este recado, pois além da presença de nossa Avó Lua, nossa Mãe Terra estava entrando em um novo ciclo, a primavera. E eu também gostaria de fazer alguma homenagem a essas forças femininas tão importantes para nossa vida.

O dia transcorreu e então a noite e toda sua feminilidade chegou e era latente essa força feminina que nos cercava. Lua e Terra. O sagrado feminino no seu auge e nos presenteando com toda sua sutileza. E em um de seus presentes, recebi mais um recado e agradeço por conseguir entende-lo e conseguir mais um elemento para nosso ritual. Folhas. Folhas secas de uma árvore, um ser tão lindo e que se dispôs a nos agraciar com sua presença em nosso ritual.

E então lá estávamos nós, em torno da grande roda e toda sua sagracidade era latente e bela. Abrimos a roda e após nos limparmos mentalmente, fisicamente e espiritualmente, agradecemos e as honramos, mãe e avó. A Avó Lua em sua plenitude e nossa Mãe que deixa as floras secas caírem, para que possa adubar o solo e novamente dar a luz a novas folhas, flores e fruto. Pedimos também a presença dos elementais em nossa roda, também filhos e companheiros de nossa Mãe Terra, para que estes também pudessem nos ensinar mais alguma coisa.

Agradecemos a oportunidade de poder aprender com nossa Mãe, que aquilo que não nos faz bem, deve ser deixado pra trás e que de uma certa forma, será a base para que novos aprendizados possa ser absorvidos e renascer em nossas vidas. Agradecemos nossa Avó Lua, por nos mostrar que, assim como ela, temos um lado claro e um escuro e temos que aprender a lidar com os dois e equilibrá-los. Equilíbrio que nos foi mostrado, sentido e absorvido e mais uma vez agradecemos pelo aprendizado.

Eu especialmente agradeço a um ser que na noite anterior já havia aparecido em meus sonhos e que veio compartilhar conosco da grande roda e mais uma vez, assim como já feito a muitos anos atrás, nos ensinar novamente. Fato que com certeza, jamais irei esquecer. Longa vida a você meu grande amigo de outras vidas.

Então, para homenagear e compartilhar com todos os seres presentes, montamos a Roda de Cura. Desta vez, eu tive a grande honra de colocar todas as pedras em seus lugares sagrados e sentir a cada pedra que colocava no chão, a sua real importância, o porque daquele local e a necessidade de cada uma. Uma experiência única.

Após a montagem da roda e todas suas 36 pedras, acendemos o fogo sagrado no meio da roda. Dois rituais e duas forças unidas para homenagear estes dois seres que são a representação maior do feminino. Cantamos e dançamos em torno da roda, uma música que até então nos conhecíamos, e ao cantar e dançar faço mais uma homenagem, jogando as folhas secas dentro do círculo de pedras e era como se as folhas caíssem das árvores e banhassem o chão. A luz dentro do local pulsava e brilhava. Dançamos e cantamos por muito tempo, ou simplesmente o tempo parecia não passar e o local não era mais fechando por quatro paredes, mas estávamos em uma clareira iluminada pela lua.

Então sentamos, agradecemos a todos os acontecimentos da noite, a todos os seres presentes, animais, elementais, seres iluminados e todos os presentes e encerramos o ritual, porém dentro de nossa alma ele continuará por todo o sempre, pulsando e expandindo.

AHOW IRMÃOS!!!